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A mulher que eu quero ser – Beatriz Arvatti

A mulher que eu quero ser

Março é sempre um mês muito significativo para mim. Não só por ser o mês das mulheres, mas, principalmente, por ser o mês do meu aniversário. Março é sempre um mês de renovação, novo ciclo e de momentos muito bons como também muito ruins. Esse março de 2022 está especial! Paro agora para pensar que, nos últimos dois anos, eu venho entendendo quem é a mulher que eu quero ser, o que me ajudou a tomar certas decisões para esse mês e a vida.

E digo mais: nos últimos dois anos, estou lutando todos os dias, não só para entender, mas também praticar. Praticar principalmente nos meus relacionamentos, com pessoas, situações, trabalhos e ocasiões. É claro que nenhuma relação é perfeita, nem afetiva, nem familiar, nem a amizade, tão pouco corporativa. Eu não sou perfeita, mas aprendi que a perfeição está no meu olhar e coragem para me relacionar da forma que eu acredito que seja o melhor para mim.

Neste mês de março, precisei me desligar do que não estava me fazendo bem e ao mesmo tempo eu amava. Como isso né? Geralmente é assim mesmo e a ruptura, ao mesmo tempo que causa 5 minutos de pânico, vem em puro alivio para o resto da vida.

Durante os meus 27 anos até o momento, eu sempre escolhi estar em lugares que eu acreditava e poderia compactuar. Foi assim no colegial (história longa, deixa para outro momento), foi assim no pós faculdade, foi assim quando decidi procurar outro emprego e sair do meu primeiro que eu amava. E foi assim agora, beirando os 28 anos, quando me escolhi e entendi que estar onde eu estava, me privava da melhor parte de mim: ser a mulher que eu sou.

A mulher que eu sou busca por qualidade de vida, o que não quer dizer apenas ter tempo para se cuidar e vida social. Quer dizer, principalmente, ter relações que são compatíveis com o meu DNA e meus valores. Estar em lugares que eu me identifique e construir um relacionamento, inclusive de trabalho, baseado em empatia e respeito.

A mulher que eu quero ser não escolhe entre vida pessoal e carreira. Quem disse que era preciso escolher entre um dos dois, não sabia que não tem nada melhor do que a sensação de ter os dois mundos (e diga-se de passagem, ter o melhor deles). Essa mulher não atura desrespeito, desigualdade, preconceito e uma rigidez retrógrada. Se a palavra resiliente ainda está em voga, favor usá-la mundo!

A mulher que eu sou e a que eu quero ser tem inúmeros sonhos, planos e metas pela frente, mas nenhum deles diz respeito a passar por cima de ninguém, vender minha ética e ser infiel a mim mesma.

A mulher eu que sou está off no momento. Irá ali fazerCom licença mundo, um beijo e até a volta!