É na Paris Fashion Week que os designers resolvem arriscar! Há olhos fashionistas, as passarelas francesas são um prato cheio de referências de um mundo encantado. Há olhos comerciais, algumas maisons voltaram a inovar ou mudar completamente sua identidade (como a Celine, agora sem acento). Separei as 12 marcas que resumem a semana e farão você entender mais algumas tendências.
Celine
Vamos começar pela principal polêmica da PFW: a mudança drástica da Celine, que perdeu o acento (antes era Céline) e talvez alguns fãs. Precisamos entender que o novo estilista da marca, Hedi Slimane (ex Saint Laurent e eu amo o seu trabalho por sinal) foi contratado para entregar lucro. E o que foi desfilado na passarela, acredite, vende mais do que a “Céline” da Phoebe Philo. Tem tubinhos pretos, um toque de 80’s, muito all black, brilho, metalizado e minis. Uma passarela bem balada!
Louis Vuitton
Nicolas Ghesquière é adepto de uma temática inteligente! Sempre com visão que brinca entre o passado e o futuro, desta vez, ele se interessou no limite da realidade virtual e trouxe à passarela um pouco da silhueta da década de 1980 – que já é motivo recorrente no seu trabalho -, produções de alta tecnologia como borracha moldada, mangas de traje espacial, vestidos esculturais em malha bordada de lantejoulas. Como sempre, havia alfaiataria afiada e convincente. Além disso, essa manga estruturada se destacou entre as tendências da PFW!
Dior
A silhueta da Dior tem se transformado desde que Maria Grazia Chiuri assumiu a direção criativa. Há uma liberdade, movimento e leveza, bem longe dos espartilhos que deram origem a marca. Uma outra tendência da semana se destaca aqui: as redes nas saias e blusas de tela – com direito a sobreposições que remetem ao universo do balé. No make, o lápis preto dentro da linha d’água retorna depois de uma longa temporada de traços externos.
Valentino
A coleção da Valentino por Pierpaolo Picciol evoca liberdade e traz um verão levemente fun e exuberante nos looks e makes. Um coleção composta de tons coloridos e acessórios extravagantes, como grandes chapéus, sandálias flats, bordados excêntricos, plumas e paetês.
Chanel
Que tal um passeio à praia de tweed e boné de palha? Na vida real essa não é a melhor das combinações, mas a Chanel transformou sua sempre grandiosa passarela no Grand Palais em uma praia em Paris. Se na última temporada vimos mais do mesmo na maison, essa, Karl Lagerfeld inovou principalmente no styling com acessórios desejo, como a dupla de bolsinhas transversais. E olha a bermuda até na Chanel!
Givenchy
Mais um styling que se destaca! A Givenchy traz a ideia de colocar o blazer com decotes profundos por dentro da calça cargo – peça chave da coleção! Além de belíssimos vestidos plissados e calças fluidas.
Saint Laurent
A coleção combina em plena combinando em plena harmonia o DNA da marca com o estilo Anthony Vaccarello. Da Saint Laurent vemos alfaiataria masculina, animal print, laços, e minis. De Vaccarello, os maiôs cavados e o tom super sexy. Os acessórios, principalmente os óculos de sol, certamente serão hit!
Miu Miu
Novo perfume para a Miu Miu, com refinamento menos vintage, embora ainda nota-se o estilo favorito de Miuccia Prada. Na passarela, looks que fogem do street style mas são totalmente desejáveis dentro do universo fashion.
Balmain
Mais uma coleção com mangas estruturadas! A Balmain é muito mais do que um estilo Kardashian como a gente (pre) imagina. Nesse verão, Olivier Rousteing traz um mix de uma estética dos anos 1980, jeans ultra lavados, tecidos acetinados, decotes assimétricos e muita cintura marcada.
Off-White
Virgil Abloh foi o primeiro a trazer a bermuda de volta a moda, quando as inseriu na sua Off-White em 2017. E nessa temporada, a peça é usada no comprimento abaixo no joelho com acessórios em neon, metalizado e piton.
Esteban Cortazar
Separei o desfile da Esteban Cortazar para confirmar duas tendências: as bermudas – que já cansamos de falar por aqui – e as redes!
Gucci
Excepcionalmente nesta temporada, a Gucci fez o seu show em Paris. O desfile teatral de Alessandro Michele traz referências à dramaturgia contemporânea. E mais uma vez ele afirmou a bandeira do genderless.
Imagens: Vogue Runway.